São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Paraense quer processar Justiça da Suíça por ter ficado preso

ABNOR GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O paraense Sebastião Hoyos, 59, disse ontem que irá processar a Justiça de Genebra por tê-lo condenado sem provas como cúmplice do assalto à União dos Bancos Suíços, em março de 1990.
Hoyos trabalhava no setor de transporte de valores do banco e estava fazendo serviço extra na segurança quando houve o assalto.
Ele chegou ontem de madrugada em Belém e foi homenagiado na Assembléia Legislativa.
Hoyos passou quase quatro anos preso em Genebra. Ele foi libertado, em março passado, por decisão do Tribunal Federal da Justiça, que anulou o julgamento.
Um novo julgamento será realizado este ano, porque o Tribunal Federal, de acordo com Hoyos, identificou falhas no processo.
"Em primeiro lugar, quero lavar minha honra. Depois vou acertar as contas com a Justiça de Genebra.", disse ele.
O conselheiro da Embaixada da Suíça no Brasil, Clemens Birer, disse ontem, em Brasília, que discorda das reclamações de Hoyos.
Hoyos disse ter sofrido violação de seus direitos. Birer afirmou que não poderia falar sobre a decisão do tribunal. Mas destacou que "em todos os momentos, o senhor Hoyos teve todos os meios legais de defesa e pôde contar com a ajuda do Consulado Geral do Brasil".

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