São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Casarões podem dar lugar a shopping center

DA REPORTAGEM LOCAL

O Conpresp (Conselho do Patrimônio Histórico Municipal) decidiu ontem analisar individualmente cada um dos 25 imóveis em estudo de tombamento no bairro.
A construção de um shopping center na avenida Higienópolis depende da demolição de cinco casarões, construídos entre 1906 e 1930 e incluídos na relação dos 25 imóveis. Se o Conpresp decidir pelo não-tombamento, o arquiteto Alberto Botti pretende implantar no local um centro comercial de 30 mil m2.
A arquiteta Helena Saia, que a convite de Botti fez um estudo sobre a importância histórica dos imóveis, afirmou que, de um total de sete casas da avenida Higienópolis, duas vão ser preservadas e restauradas.
As casas que serão restauradas ficam nos números 698 e 674 da Higienópolis. As "sacrificadas" –na definição de Saia– são as 618, 628, 638, 648 e 658.
O advogado José Eduardo Ramos Rodrigues, representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Conpresp, afirmou que a entidade é contra a construção do shopping na avenida "por causa do trânsito que ele vai gerar na região".
"Se tiver que ser feito o shopping, pelo menos que não destruam as casas", disse Rodrigues. Na opinião da OAB, a análise individual do processo favorece a implantação do centro comercial.

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