São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Coleta é feita sem licitação desde 92

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da suspensão da concorrência, a coleta de lixo na cidade não está ameaçada. Desde 92, esse serviço é feita através de contratos de emergência (sem licitação).
Os contratos só poderiam valer por seis meses, mas o Tribunal de Contas do Município autorizou a prefeitura a renová-los até o encerramento da licitação.
Os grupos que hoje fazem a coleta recebem US$ 20,00, em média, por tonelada de lixo recolhida.
O preço é superior ao estipulado em duas concorrências abertas pela prefeitura nos dois últimos anos.
Em 92, a então prefeita Luiza Erundina abriu licitação para coleta na zona leste. O preço médio era de US$ 15,00 por tonelada. Na atual, suspensa, é de US$ 17,00.
Pela licitação de 92, a coleta em cada bairro seria feita por uma empresa diferente. Isso contrariava interesses do suposto cartel do lixo (Vega-Sopave, Enterpa e Cavo). Alegando irregularidade no edital, as empresas anularam a licitação.
A concorrência aberta em 93 pelo prefeito Paulo Maluf é criticada pelas empreiteiras que querem entrar no mercado. A principal crítica é a divisão da cidade em sete áreas e não em 20, como propôs o PT.
Com áreas são maiores, as exigências são mais severas e dificultam a participação de empreiteiras novas no mercado. Com isso, as empresas tradicionais, melhor equipadas, são favorecidas.

Texto Anterior: Maluf abre licitação para nova Faria Lima
Próximo Texto: Acampamentos têm vagas para julho
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.