São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresas apóiam abertura comercial

90% das indústrias aceitam concorrência externa, diz CNI

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 1.136 empresários apontou que 90% deles apóiam a abertura comercial adotada pelo governo.
A pesquisa indica que a maioria (93,05%) apostou no controle de qualidade do seu processo industrial para fazer frente à concorrência de produtos importados no mercado nacional.
"A abertura trouxe uma grande vantagem: o produto brasileiro cresceu em qualidade e produtividade", disse o presidente interino da CNI, Mario Amato.
Mas nem todos estão satisfeitos com o processo de abertura comercial: 9,15% consideram negativo a queda das barreiras alfandegárias ao produto estrangeiro.
As maiores apreensões em relação à competição com produtos importados foram constatadas nos setores de mecânica, têxtil e perfumaria.
A maior parte (55,46%) da amostragem da pesquisa foi de indústrias nacionais.
As estrangeiras formaram 9,6% das entrevistas. As estatais correspondem a 1,94% e as que não foram classificadas em qualquer uma dessas categorias, 33,01%.
A maioria (58%) das empresas consultadas se disse preparada para enfrentar a concorrência externa.
Tributação
Uma das preocupações mais freqentes entre as empresas é a excessiva carga tributária do país. Na pesquisa, 91,7% apontaram o grande número de impostos como um dos problemas mais sérios.
Para estes empresários, a carga tributária dificulta a concorrência nacional com produtos importados, além de prejudicar a competitividade do produto nacional no mercado externo.
A pesquisa indicou também que 87,5% apontaram a melhoria tecnológica de seu setor como um dos impactos positivos decorrentes do processo de abertura.
A redução de custos e o aumento de produtividade foram apontados como a solução adotada por 87,06% consultados.
O aumento da competividade externa recebeu menção em 73,42% das respostas.
A crescente qualificiação da mão-de-obra foi lembrada por 86,36% das indústrias como fator fundamental para melhorar a competitividade da indústria nacional no exterior nos próximos anos.
A abertura do mercado levou as empresas a se modernizarem. O investimento em novas máquinas e equipamentos foi citado em 81,69% das respostas.

Texto Anterior: Novo presidente da Shell assume e se informa da situação da empresa
Próximo Texto: Dinheiro em conta corrente terá conversão automática
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.