São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Suécia evoluiu em relação à Copa de 90, com estilo sul-americano

JAIRO DOS SANTOS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Suécia evoluiu em relação à Copade 90, com estilo sul-americano
A seleção da Suécia atua no sistema 4-4-2, com o qual os brasileiros estão acostumados a jogar. Esse 4-4-2 sueco é relativamente ortodoxo.
A equipe sueca melhorou em relação à Copa de 90, na Itália, quando foi eliminada na primeira fase.
Naquela Copa, perdeu suas três partidas, para Brasil, Escócia e Costa Rica. E ela pode evoluir ainda mais neste Mundial.
Na frente, os suecos têm jogadores leves, de estilo mais sul-americano, habilidosos, que fazem jogadas rasteiras, combinatórias.
Destacam-se dois homens no ataque: Martin Dahlin e Tomas Brolin.
O Brasil vai pegar um ataque perigoso, mas está acostumado a esse tipo de adversário.
Só a defesa, na seleção da Suécia, é pesada. O meio-campo também é bastante habilidoso, mas joga mais aberto.
A Suécia não deve surpreender muito em termos táticos. A escalação é mais previsível que a da Rússia.
Os suecos, assim como os russos, sabem da superioridade do Brasil. Na partida contra os brasileiros, na última rodada da primeira fase, dia 28, em Detroit, vão tentar um empate.
Vão fazer um jogo sem correr riscos e esperar que a seleção brasileira se arrisque.
Suécia e Rússia vão decidir entre si uma das vagas do Grupo B para a fase seguinte do Mundial.
O treinador
O técnico da Suécia, Tommy Svensson, mudou a face de sua equipe, desde que assumiu o comando, após a Copa de 90.
Usando como princípio "um por todos, todos por um", ele recuperou o moral dos suecos ao conquistar o quarto lugar na Eurocopa de 1992, na Suécia.
Humilde, Svensson diz: "Você deve tentar fazer o melhor possível e ouvir os conselhos dos outros."
"Os jogadores e os dirigentes gostam de estar juntos e de trabalhar juntos. Há um senso de continuidade na equipe", acrescenta.
Na preparação de sua equipe para a Copa, está usando um método que chama de "treinamento inteligente".
Esse método leva em conta fatores extra-campo como comida, sono, fuso horário, calor e preparação psicológica.
Os suecos também deverão testar na Copa uma arma secreta, uma bebida rica em carboidratos, à base de batata.

Colaborou a Redação

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