São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994 |
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'Eu vejo um quadro sombrio'
EDNA DANTAS
Folha – Como surgiu a idéia de começar a carreira política?` Fortuna – Desde que fui para a reserva, no ano passado, concluí que a melhor forma de continuar participando seria através da ação política. O PSC me atraiu. Era o único que tinha a palavra cristão. Folha – O que o sr. acha dos seus adversários na eleição? Fortuna – Eu vejo o quadro sombrio. É muito difícil para o PT ter um projeto de governo, porque é um partido que tem quatro facções radicais. No caso do candidato do PSDB (Fernando Henrique Cardoso), vejo uma negação daquilo que praticou durante muito tempo. Ele foi, durante muito tempo, um militante de esquerda e de repente se vê este homem travestido de um liberal, privatista. O Brizola é um velho guerreiro. O seu pensamento político terminou na década de 50. O Quércia em nenhum momento se apresentou com uma credibilidade. Folha – O fato do sr. ser militar afeta sua campanha? Fortuna – Se tiver um reflexo tomara que seja positivo. Mas antes de ser um militar, eu sou um cidadão. E é como cidadão que me ofereci para esta ação política. Texto Anterior: Almirante Fortuna critica regime militar e propõe reforma do Estado Próximo Texto: Aos 36, Flávio Rocha ainda recebe mesada Índice |
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