São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994
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Antônio: o santo multiuso

CLAUDIA GONÇALVES

Amanhã é o dia D das moças casadouras: em 13 de junho, celebra-se Santo Antônio de Pádua, o casamenteiro. Apesar de não ser reconhecido como cupido pela Igreja Católica, o santo criou fama de salvador da lavoura das desesperadas por um marido.
Santo Antônio nasceu Fernando de Bulhões em 15 de agosto 1.195, em Lisboa. Entrou para a ordem dos franciscanos em 1.220, com a intenção de pregar para os sarracenos na África e tornar-se um mártir. Mas seu dom para a oratória o levou a ensinar teologia na França e na Itália, onde criou fama de milagreiro –reza a lenda que ressuscitou crianças, curou cegos e multiplicou pães. Morreu após um ataque de hidropisia em 13 de junho de 1.231, em Pádua (nordeste italiano). Foi canonizado onze meses depois.
Se um santo casamenteiro é bom, um santo multiuso é ainda melhor. O padroeiro das solteiras também é tido como protetor dos pobres, achador de coisas perdidas –título que divide com São Longuinho– e agilizador de causas imediatas. Versátil, teve até cadeira cativa póstuma em exércitos brasileiros e portugueses, nos quais sentou praça como soldado, capitão, coronel etc, com direito a soldo -que ia parar, claro, no cofrinho dos franciscanos.
Como fama pouca é bobagem, Santo Antônio ganhou também status de substantivo dicionarizado, significando a parte anterior da sela, à qual o cavaleiro pode se agarrar caso as rédeas escapem. Na Fórmula 1, o santo também batizou a parte do carro que serve de proteção para a cabeça dos pilotos.

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