São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Pólio acaba no ano 2000; Proteína de mexilhão pode minimizar artrite; Exames previnem gravidez de risco

JULIO ABRAMCZYK

PERSONAGEM
Pólio acaba no ano 2000
Nos últimos 30 anos, a aplicação da vacina Sabin evitou milhares de mortes ou os defeitos permanentes provocados pela poliomielite paralítica. No Brasil, a primeira vacinação antipólio realizou-se em 1961, em Santo André, na região da grande São Paulo, na gestão do médico Fauze Carlos (foto) na Secretaria da Saúde do Estado. Em 88, a Organização Mundial da Saúde lançou o ambicioso plano de erradicar a doença no mundo até o ano 2.000, através das jornadas nacionais de vacinação. Com o apoio financeiro da Unicef e do Rotary Clube Internacional, que fornecem as vacinas, e das autoridades sanitárias locais, que coordenam a aplicação da Sabin, desde setembro de 91 nenhum caso de pólio foi declarado nas Américas, Brasil inclusive.

A FRASE
"São interesses comerciais que estão em jogo. Você pode confiar na minha vacina."
De Albert Sabin a Fauze Carlos, em 1961, quando surgiram boatos denegrindo a vacina Sabin, que iria substituir definitivamente a vacina Salk, menos prática (injetável) e mais cara.

O NÚMERO
187...
casos de pólio foram registrados no ano passado em uma comunidade dos Países Baixos (Europa), que recusa a vacinação por motivos religiosos.

Proteína de mexilhão pode minimizar artrite
Biólogos da Universidade de Aukland identificaram em um mexilhão da Nova Zelândia ("Perna canaliculos") uma substância que diminuiria os sintomas dolorosos da artrite. O componente isolado, uma glico-proteína, bloquearia o desenvolvimento da doença. Os pesquisadores, refere a revista "New Scientist", têm esperanças de transformar esta substância em uma droga para tratar a doença.

Exames previnem gravidez de risco
Médicos do Hospital Central da Universidade de Helsinki, Finlândia, encontraram uma forma para diagnosticar precocemente a gravidez extra-uterina, ainda na fase sem risco de vida para a gestante. Quando o óvulo fertilizado se implanta na trompa de Fallópio (o conduto que leva o óvulo do ovário ao útero), seu desenvolvimento e crescimento provocam a ruptura do tubo e eventual morte por hemorragia. O médico Bruno Cacciatore e sua equipe, em trabalho publicado na revista médica "Lancet", sugerem a ultra-sonografia transvaginal e o exame da concentração de um hormônio (gonadotrofina coriônica humana) no sangue de mulheres grávidas predispostas ao problema: cirurgias anteriores na região pélvica, antecedentes de doenças nos órgãos reprodutores se houver uso de DIU. Na gravidez normal, o hormônio duplica seus níveis e a cada dois dias; na gravidez ectópica, o aumento da concentração do hormônio está prejudicado.

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