São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
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Gessy Lever unifica divisões do setor de alimentação
MARISTELA MAFEI
Com a economia estável, os atacados, que são os principais compradores das grandes indústrias, evitam fazer estoques. Isso ocasiona necessidade de mudanças na área de logística das grandes corporações. Às véspera de um novo plano, a Gessy Lever muda para ganhar força na negociação com o cliente, melhorar a distribuição de seus produtos e cortar custos. Com um faturamento anual que bate na casa dos US$ 2,3 bilhões no Brasil, a dona da Doriana, do Omo, da Gourmet e do Elefante deverá unir equipe de vendas e de distribuição de marcas mais fortes com outras menos expressivas. A estratégia vai permitir o aumento do poder de barganha para negociar com o ponto-de-venda final, os supermercados. A Folha apurou que as mudanças irão levar a um corte de 30% do número de funcionários de alto escalão. Fiel ao estilo low-profile –discreto– da empresa, Ronald Rodrigues, diretor de assuntos institucionais da Gessy Lever, nega os cortes e minimiza as mudanças. "Trata-se apenas de uma racionalização; a empresa já é muito eficiente", afirmou, sem acrescentar detalhes. A linha de alimentos secos (não-refrigerados) da Gessy Lever deverá ser distribuída pela Cica. Comprada junto ao grupo Cragnotti & Partners no início de 93, a Cica tem distribuição descentralizada, porta-a-porta no varejo. Cica argentina A Unilever, dona da Gessy Lever, está finalizando negociações para a compra da Cica também na Argentina, ainda em mãos de Rodolfo Bonfiglioli. A Folha apurou que a venda ainda não foi fechada devido ao valor –considerado elevado pela Lever– pedido por Bonfiglioli. No Brasil, Bonfiglioli vendeu a Cica para o grupo Ferruzzi, que a revendeu para o grupo Cragnotti & Partners, até chegar a seu atual proprietário, a Gessy Lever. Texto Anterior: Os oligopólios e o CIP Próximo Texto: Concorrência se reestrutura Índice |
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