São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
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Formando torce pelo Grêmio e toca tamborim
MAURÍCIO STYCER
Pelos menos duas pessoas presentes ontem ao gramado de Stanford exibiam sinais de laços fortes com o Brasil. O norte-americano Alan Peterson, 25, que estava se formando em sistemas simbólicos (na área de informática), morou seis meses em Porto Alegre, quando tinha 15 anos, durante um programa de intercâmbio. Ele assistiu à festa enrolado numa bandeira do Brasil. Natural de El Salvador e naturalizada brasileira, a estudante Ana Tijiboy, 32, assistiu à festa segurando uma bandeirola do Brasil. Apesar de ter participado da formatura, Ana só vai ganhar o diploma dentro de alguns meses, quando entregar sua tese de mestrado sobre meninos de rua. Peterson diz que adora jogar futebol –torcia pelo Grêmio em Porto Alegre–, mas não tem muita oportunidade de praticar nos EUA. "Me sinto um estranho gostando de futebol aqui." O norte-americano diz que vai torcer pelo Brasil na Copa, mas não tem ingressos para assistir aos jogos: "Preferia estar aqui vendo as partidas do Brasil do que me formando". Peterson aprendeu a tocar tamborim no Brasil e adora samba. Pratica num bar de latinos perto da universidade. Ana Tijiboy diz que já tem ingressos para os jogos do Brasil em Stanford. Todos os membros de sua família adoram futebol. "Meu pai me telefonou do Brasil na véspera da formatura e perguntou se eu não ia estragar o gramado de Stanford. Acho que não vou estragar muito", disse Ana Tijiboy. Como a grande maioria dos estudantes que se formou ontem, Ana e Peterson calçavam tênis ou sandálias de couro –o que agride menos a grama que sapatos com sola. (MSy) Texto Anterior: Americanos dão show na grama de Stanford Próximo Texto: Publicidade sobre a Copa invade EUA e traz lucro de US$ 1 bilhão Índice |
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