São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Jovens criam onda de euforia com a seleção

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Felipe Ferreira tinha apenas quatro anos quando o Brasil perdeu por 3 a 2 da Itália, pela Copa da Espanha. A "tragédia do estádio Sarriá" marcou o fim de uma era: foi a última vez que a seleção brasileira encantou o mundo.
Apesar de não se lembrar das exibições de Falcão, Sócrates e Zico e de ter se acostumado a ver o time ir mal, Felipe é parte da legião de jovens otimistas com a Copa que começa sexta-feira.
"Os adversários não parecem tão fortes", diz. "Não sei se é otimismo ou paixão, mas estou confiante."
Segundo o Datafolha (veja quadro abaixo), 82% dos jovens entre 16 e 24 anos (que tinham no máximo 12 anos em 1982) têm interesse pela Copa, e 63% acham que o Brasil será campeão. Na população brasileira em geral, o otimismo cai para 56%, e o interesse para 73%.
Por isso, a Copa 94 virou um evento para adolescentes. Quase todas as farras em dias de jogos da seleção serão em locais "habitados" por esse público.
Os craques da seleção justificam o entusiasmo de muita gente. Argumento pertinente.
Nos dois últimos fiascos do Brasil –em 86 a seleção ficou em Xº lugar e em 90 foi Xº– as maiores esperanças do time não estavam lá essas coisas.
No México, em 86, Zico estava machucado. Em 90, na Itália, discussões sobre dinheiro fizeram Careca jogar mal.
"Bebeto e Romário arrasam na Europa", diz André Zambotto de Almeida, 15, outro otimista.

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