São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994 |
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Corte juvenil reduz reincidência criminal de adolescentes nos EUA
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Doze Estados adotam o sistema no país. O sucesso tem feito com que ele se expanda rapidamente. As estatísticas nacionais mostram que uma média de 40% a 50% dos adolescentes presos e julgados por adultos voltam a cometer atos ilegais. Essa porcentagem cai para de 12% a 15% nos casos decididos por adolescentes. O júri de adolescentes só é possível em casos de pequena gravidade (infrações de trânsito, brigas de rua) e é opção permitida apenas a réus primários, que abrem mão de recorrer da sentença. Na corte juvenil, só o juiz é adulto. Promotor, advogado de defesa e jurados têm entre 14 e 18 anos. Ninguém é pago pelos serviços prestados. As penas a que os réus podem ser submetidos são: serviços comunitários, pedidos de desculpas, aulas de direção de automóvel, aconselhamento psicológico, elaboração de ensaios. As contravenções que podem ser julgadas em cortes de adolescentes em geral são punidas pelo sistema comum com multas. Segundo estudos sobre a eficácia das cortes juvenis, os adolescentes tendem a respeitar mais a opinião dos seus pares do que a dos adultos e por isso reincidem menos no crime. Segundo a polícia federal, os adolescentes respondem por um quarto das prisões feitas por ano nos EUA. Entre outras vantagens, as cortes juvenis podem desafogar o sobrecarregado sistema jurídico norte-americano. Texto Anterior: Família que passou dez anos em um veleiro dá palestra na Folha Próximo Texto: Brunet lança grife para meninos de rua; Ladrões levam carro da mulher de Bebeto; Chuva destrói forro de igreja do século 18; Casal morre sufocado por gás em banheiro; Polícia promete reforço de patrulha na Dutra; Acidente pára Castelo Branco por três horas; Metrô vai receber US$ 430 mi do BID; SENA Índice |
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