São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994
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Inflação chega a 45,66% em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação na cidade de São Paulo chegou a 45,66%, segundo o (IPC) Índice de Preços ao Consumidor divulgado ontem pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econônicas).
É o primeiro índice parcial da inflação de junho (primeira quadrissemana) e mostra as variações de preços apuradas entre os dias 9 de maio e 8 de junho, em relação à média de preços das quatro semanas anteriores.
Houve aumento de 0,56 ponto percentual sobre a inflação de maio (45,10%) e uma alta dos preços, em URV, de 1,97%. O custo dos alimentos baixou 1,9% em URV, mas o vestuário encareceu 14,35% (também em URV), com os lançamentos de inverno.
Na avaliação da Fipe, haverá uma alta "persistente" até o final do mês. As fontes de pressão serão os alimentos, tarifas públicas e as remarcações de preços privados nas vésperas da entrada do real.
Só ontem, o preço da cesta básica, acompanhado pelo Procon, subiu 2,66% em URV e 4,5% em cruzeiros reais em relação a sexta-feira(leia texto na pág. 2-2).
Os serviços públicos residenciais (tarifas de energia elétrica, telefone, gás, água e esgoto) subiram, em média, 50,08%.
Os alimentos, que pesam 30,81% da composição do IPC, subiram 39,56% em média, mas a carne bovina aumentou aproximadamente 70%.
Heron do Carmo prevê que o consumidor terá uma "desilusão monetária" quando o real entrar em vigor, no dia 1º de julho, porque os salários perderam poder aquisitivo com a URV.
A Fipe não divulga estimativas de inflação mas, segundo Heron do Carmo, um índice de 3% de inflação, em real, no mês de julho, é "bastante plausível'.

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