São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994
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NÚMEROS E MAIS NÚMEROS

DA REDAÇÃO

Quem acompanha futebol se acostumou com uma numeração que começa no goleiro (número 1) e termina no ponta-esquerda (número 11). Nem sempre foi assim.
Nas três primeiras Copas, os jogadores não tinham números. Eles surgiram na Copa de 50.
A ordem, entretanto, não é obrigatória. A Argentina, por exemplo, costumava adotar a ordem alfabética.
Em 78, o goleiro Fillol jogava com a camisa 6. O meia Ardilles era o 2. O capitão Daniel Passarelo, ficou com a 18. Mario Kempes era o número 10, que lhe cabia por sua posição: coincidência.
A tradição começou a mudar em 82. Maradona fez a exigência de jogar com a 10, e os números dos jogadores argentinos ficaram "normais".
Na Copa dos EUA, a Itália adotou a ordem alfabética (de sobrenome) por setor de campo. As exceções são os goleiros e o astro Roberto Baggio, 10.
Assim, primeiro todos os zagueiros recebem seus números, inclusive os reservas. Depois, vêm os meio-campistas e por último os atacantes.
Em 1958, o Brasil usou uma numeração heteroxa, mas a causa foi desorganização. A CBD enviou o nome dos jogadores, mas não os números.
Um cartola uruguaio tentou ajudar. Sabia que Castilho (reserva de Gilmar) era goleiro, e lhe deu a 1. Pelé recebeu a 10. Mas Gilmar ficou com a 3. Os pontas Garricnha e Zagalo tiveram os números trocados, 11 para o primeiro e 7 para o segundo.

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