São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994
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Batalha do tráfico mata 13 no Rio

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Dezesseis corpos foram encontrados na madrugada de ontem no Rio. Segundo a polícia, pelo menos 13 corpos têm ligação com disputas entre traficantes.
Um dos mortos era Orlando da Conceição, o "Orlando Jogador", apontado como membro do Comando Vermelho e líder do tráfico em Bonsucesso (zona norte).
Os corpos de Orlando Jogador e de outros seis homens foram encontrados em um Monza azul, placas WJ2683, na rua Clapp Filho, em Maria da Graça (zona norte).
Entre os mortos também estavam o irmão de Jogador, Wanderson, e outro homem conhecido como Siri. Segundo a polícia, Siri era o principal auxiliar de Jogador.
Os outros não foram reconhecidos. Todos foram mortos com vários tiros de armas de grosso calibre.
Em um outro Monza vinho, placas LS9578, abandonado na avenida Rio de Janeiro, perto da Rodoviária, em São Cristóvão, foram encontrados mais quatro corpos.
Os onze mortos tinham uma característica comum: estavam com os coldres –cintos para portar armas– na cintura. Todos levaram vários tiros.
Outro cadáver com características semelhantes foi encontrado atrás do prédio do Inamps em Irajá (zona norte). A polícia acredita que todos os mortos pertenciam ao grupo de Orlando Jogador.
O corpo do PM José Carlos Castro Pinto também foi encontrado na favela Nova Brasília, no complexo do Alemão (zona norte), onde, segundo a polícia, aconteceu a chacina.
Outros três corpos foram encontrados na favela do Pára-Pedro (também no complexo do Alemão), no início da rodovia Presidente Dutra e na avenida Automóvel Clube, em Irajá. A polícia vai investigar a ligação dessas mortes com a guerra de quadrilhas.
Até as 18h de ontem, a delegacia de Honório Gurgel não confirmou a ocorrência de mais dois homicídios na favela de Pára-Pedro. Seriam, então, 18 cadáveres encontrados ontem no Rio.

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