São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994
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Testemunhas fazem três retratos falados

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil já tem os retratos falados de três suspeitos de terem sido autores da chacina do Itaim Paulista (zona leste).
O crime aconteceu às 20h do último sábado na rua Enseada de Itapacoróia. Seis pessoas foram mortas e Ederaldo Campos Lima, 25, sobreviveu.
Segundo o delegado Pedro Buk Forli, 29, responsável pelas investigações, o motivo do crime foi uma briga familiar.
Essa briga estaria ligada a um assassinato que Ederaldo teria cometido no início deste ano em Santo Amaro (zona sul).
Os retratos falados não foram divulgados pela Divisão de Homicídios. A descrição dos suspeitos foi feita por Ederaldo e por uma outra testemunha do crime.
Um dos suspeitos seria forte, mulato, teria cabelos castanhos, bigode, 1,70 metro e 34 anos.
O segundo assassino seria branco, com cerca de 29 anos, 1,60 metro, olhos castanhos e cabelos castanho-escuro.
O último suspeito também seria mulato, teria cerca de 1,70 metro, cabelos escuros, olhos castanhos e aparentava 33 anos.
Na tarde de ontem, a polícia ouviu um parente de Ederaldo e uma amiga da família. O objetivo era obter informações sobre a briga que teria motivado a chacina.
O delegado não divulgou o conteúdo dos depoimentos. Ele disse que os três autores do crime podem ser matadores contratados para fazer o crime.
Cadastro
A Divisão de Homicídios tem um cadastro com os nomes, fotos e apelidos dos acusados de serem os maiores matadores do Estado.
A polícia também sabe a região onde eles costumam atuar. A maioria vive na zona sul e alguns são suspeitos de ter cometido até cem assassinatos.
No Parque Arariba estariam agindo Fernando Ferreira de Souza, o "Tabaco", e Donizete Gonçalves de Oliveira, o "Magrela".
No Capão Rendondo, a polícia procura Lauro Carlos Bariel, o "Ceará", e Joans Félix da Silva, o "Jonas". No Jardim Herculano, são procurados os irmãos Alexandre Rodrigues da Silva, o "Xande", e Vanderlei, o "Nenga".
No Parque Santo Antônio, estão foragidos João dos Santos, o "João Balaio" e os irmãos Israel Alfredo de Moura, o "Chulé", e Ildefonso, o "Deo".

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