São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 1994
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Extravio mostra a confusão do real

WILLIAM FRANÇA; GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O real estreou antes do tempo, em um lugar insólito –o lixo do Senado– e deu uma pequena demonstração da confusão que provocará quando vier à luz do dia, legalmente e em grandes volumes, em 1º de julho.
A descoberta de 200 moedas de R$ 1, em dois sacos com a inscrição 'Banco do Brasil', levantou duas dúvidas. A primeira: como elas escapuliram do gigantesco aparato de proteção montado pelo Exército, PMs e seguranças privadas?
A segunda dúvida parece ser geral e irrestrita –o que é o real? Os catadores de lixo Edilson Alves da Silva, 24, e Manoel Francisco de Freitas, 44, que encontraram as moedas na sexta, não sabiam de nada e acharam que elas valiam.
Ainda no sábado, Manoel pagou uma dívida de CR$ 40 mil com 40 moedas que ainda não tem valor legal, por uma paridade errada. Para ele –e, teme a equipe econômica, para muita gente– cada real valia mil cruzeiros reais. Comprou cachaça, pão, leite e cigarros numa padaria com outras 17 moedas.
O dono da padaria, Geraldo Rocha de Azevedo, não viu nada de errado e aceitou as moedas em pagamento, mas afirma que só recebeu sete unidades.

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