São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 1994
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Feijão sobe 53,8% em 3 dias

DA REPORTAGEM LOCAL

Em três dias o preço do feijão subiu 53,8% no atacado de São Paulo. O aumento deve ser repassado integramente para o varejo nos próximos dias, informa Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados.
Entre segunda-feira e ontem, a cotação da saca de 60 quilos no atacado saltou de CR$ 65 mil para CR$ 100 mil. Segundo Assaf, essa subida nos preços reflete o fato de o agricultor estar segurando o produto, temendo a entrada do real.
Em sua opinião, o feijão não está caro. Seu preço já foi maior em fevereiro, quando houve quebra na safra de Irecê (BA).
O mercado paulista de feijão é regulado pela Bolsa de Cereais de São Paulo. Por lá passa quase todo o produto consumido na capital.
Nos picos de safra, descarregam na Bolsa entre 40 e 50 caminhões com 300 sacas (60 kg) de feijão cada. O feijão é adquirido pelos cerealistas, empresas que revendem para atacado e varejo.
Qualquer variação na oferta pode jogar os preços para cima. Nas últimas duas semanas, segundo os operadores da Bolsa, têm entrado somente oito a dez caminhões por dia. O normal seria o dobro.
Até o fim do ano o mercado paulista deve estar abastecido. Em julho começa a colheita no oeste e noroeste do Estado. Em agosto haverá feijão de Irecê e em setembro, da região sul de São Paulo.

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