São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994 |
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Prática tem punição em SP
DA FOLHA SUDESTE A escriturária Maria Angélica Roberto foi condenada na última segunda-feira em Jundiaí por ter realizado um aborto em 1989.A pena é de um ano de prisão. Como Maria é ré primária, cumprirá a sentença em regime de liberdade. Maria realizou o aborto com a enfermeira Pierina Marcondes. Após a cirurgia, Maria passou mal e foi levada para um hospital em Vinhedo. Maria estava no terceiro mês de gravidez. O médico que atendeu Maria em Vinhedo fez a denúncia. Segundo o advogado de Maria, Manoel de Oliveira, Maria foi casada e tem um filho. Ao tentar a reconciliação com o marido, engravidou pela segunda vez e optou em fazer o aborto. O promotor de Justiça de Jundiaí, Francisco Cardoso Bastos, 39, responsável pelo caso, afirma que as pessoas que defendem a mudança da legislação sobre aborto "seguem a doutrina nazista". "Para elas, só tem direito à vida quem é perfeito." "Os médicos conseguem ter apenas uma expectativa em relação à sobrevida dos fetos, mas ninguém sabe o futuro", disse ele. O julgamento da enfermeira Pierina Marcondes está marcado para agosto. Por ter provocado lesões graves na paciente ao fazer o aborto, Pierina tem a pena mínima aumentada de 12 para 16 meses, caso seja condenada. Texto Anterior: Unicamp vai promover debates Próximo Texto: Sabesp corta fornecimento de água em 21 bairros de São Paulo hoje Índice |
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