São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994
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Escolas liberam alunos para Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

Estudantes da rede municipal de São Paulo vão ficar olhando o quadro negro da sala de aula durante o jogo do Brasil contra a Rússia na segunda-feira em casa.
Ao contrário das escolas públicas estaduais e particulares, onde os alunos saem mais cedo, a rede municipal tem determinação do superintendente municipal de educação, Ronie Senne Costa, para manter o horário normal.
A ordem é mais radical que a do prefeito Paulo Maluf para as outras áreas da administração municipal. Ele quer que todos os funcionários cumpram horário normal na segunda-feira, mas admite que se assista os jogos nos locais de trabalho.
Na Escola Municipal de Educação Infantil Vital Brazil, na zona leste, a diretora, que não quis informar o nome, disse que seus alunos, de até seis anos, vão estar em aula durante o jogo.
Os estudantes da Escola Municipal de 1º Grau Almirante Tamandaré, na Vila Maria Alta (zona norte), têm um pouco mais de sorte. As aulas do período da tarde terminam às 17h, horário exato do início do jogo do Brasil. Haverá televisão na escola para quem quiser assistir o jogo.
Na escola municipal Derville Allegretti (Santana, zona norte) os alunos do período da noite devem ser liberados da primeira aula. Sobre o turno da tarde não havia decisão tomada ainda.
A assessora da Superintendência Municipal de Educação, Nancy Martorelli, afirma que as escolas não estão autorizadas a dispensar os alunos de aulas para assistir os jogos. As escolas da rede estadual podem resolver de modo autônomo, através de seus conselhos, que as aulas serão suspensas e repostas mais tarde.
Nos colégios Rio Branco, em Higienópolis (região central), e Bandeirantes, na Vila Mariana (zona sul), os alunos já sairiam por volta de 15h nesta época porque estão em provas –eles começam a fazê-las depois do almoço e na hora que terminam podem ir embora.
Os alunos dos colégios Augusto Laranja (várias unidades na cidade), Equipe (Pinheiros, zona oeste) e Porto Seguro (Morumbi, zona sul), os alunos serão liberados no máximo às 16h. "A maior parte dos alunos preferiu assistir o jogo na escola. Vamos colocar TVs à disposição deles", diz Mariana Batalha, diretora do Porto Seguro.
Os alunos de escolas internacionais em São Paulo –de países adversários do Brasil na Copa– têm mais vantagem ainda. A escola Graduada (norte-americana), a Rainha Juliana (holandesa) e a Saint Paul's (inglesa) já estão em férias. (Paulo Silva Pinto e Luis Henrique Amaral)

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