São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994![]() |
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Belga é preso por contrabando de 130 colibris
FÁBIO GUIBU
Coene foi preso no aeroporto dos Guararapes, quando se preparava para embarcar para Bruxelas, capital da Bélgica. Ele foi autuado em flagrante, acusado de crime contra a fauna silvestre, e seria levado ainda ontem ao presídio Aníbal Bruno. Segundo a Polícia Federal, a legislação do Brasil não admite fiança nesse tipo de crime. A pena prevista varia de dois a cinco anos de prisão. Raio-x Os colibris estavam em uma sacola de mão e, de acordo com a polícia, foram descobertos ao passarem por um aparelho de raio-X, no aeroporto. Os pássaros estavam "embrulhados" em saquinhos de flanela, só com a cabeça de fora, amontoados uns sobre os outros. Na bolsa havia também frascos de água com nutrientes que, segundo a polícia, serviriam para o belga alimentar os animais durante a viagem. O belga Coene disse aos policiais que não sabia que levar pássaros para o exterior era crime. Afirmou também à polícia que é biólogo e pretendia estudar a espécie em um viveiro que manteria em seu país. Pelos 130 colibris, Coene disse ter pago US$ 250,00 (CR$ 575 mil no câmbio paralelo de ontem). A compra das aves teria sido feita no mercado público de Madalena, em Recife. Coene estava no Brasil como turista. Ele desembarcou há um mês no Rio de Janeiro e retornaria ao seu país ontem. Ibama Os beija-flores foram entregues ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e libertados na Zona da Mata, região do Estado a oeste da capital. Segundo o chefe da divisão de controle do órgão, Aleksandro Sitônio, os colibris apreendidos com o belga eram adultos e estavam em bom estado de saúde. O cônsul honorário da Bélgica em Recife, Josef Maria Michael Bonps, não foi encontrado pela Agência Folha ontem à tarde para falar sobre o assunto. Texto Anterior: Albumina trata queimado grave Próximo Texto: Professores da USP decidem em assembléia manter greve Índice |
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