São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Pelo telefone

Aproveitando que Aracaju tem cerca de 80 mil telefones para um contingente de 225 mil eleitores, os estrategistas da campanha de Albano Franco (PSDB) ao governo de Sergipe resolveram apostar no telemarketing.
Gravaram mensagens de políticos influentes no Estado pedindo votos para o candidato tucano e as inseriram em um computador. O próprio aparelho se encarrega de discar um número aleatoriamente e fazer tocar a mensagem assim que alguém atende o telefone.
Por coincidência, o computador discou para a casa do próprio Albano. A empregada, que trabalha com ele há anos, atendeu e ouviu, do outro lado da linha, o governador, João Alves, identificar-se e pedir seu voto para o tucano.
Minutos depois, tocou de novo o telefone e a cena se repetiu, só que desta vez com a voz do próprio Albano Franco. A empregada não aguentou. Irritada e sem entender o que acontecia, foi até Leonor Franco, mulher de Albano, e ameaçou pedir demissão:
– Que o governador não confie em mim, eu até entendo. Mas o meu próprio patrão? Aí já é demais...

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