São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Cudidado com notas falsas

A insegurança causada pela proximidade do real está levando muita gente a se refugiar no dólar paralelo. Prova disso é a volta do ágio em relação ao comercial.
Há consenso no mercado de que desta vez não há risco de confiscos ou algo semelhante. Ao contrário, o conselho praticamente unânime é para que os investidores deixem o dinheiro aplicado nos fundos ou na poupança.
A previsão é de que, após 1º de julho, desapareça o ágio ou até mesmo ressurja o deságio. Neste caso, quem estiver comprando dólar agora terá prejuízo. Perde-se na queda do ágio e no fato de o dinheiro não estar ganhando os juros da renda fixa.
Mas, além da avaliação financeira e do risco de roubo, o investidor em dólar precisa ficar atento a outro problema: as notas falsas. Sempre que aumenta a procura pelo "black", os falsificadores tentam se aproveitar dessa onda.
Existem algumas dicas que podem ajudar na identificação da cédula:
1) esfregue o lado onde a cor verde é mais forte em um papel branco. A nota verdadeira solta tinta, a não ser que seja muito usada;
2) o papel do dólar verdadeiro é mais encorpado;
3) desconfie das notas finas e ásperas como lixa;
4) a nota verdadeira é difícil de ser rasgada, principalmente no meio;
5) depois de amassada, a nota verdadeira volta ao normal;
6) nas notas de US$ 100 –as mais falsificadas junto com as de US$ 50–, veja se a árvore desenhada no verso é bem nítida e não está borrada;
7) a figura humana da cédula verdadeira tem traços claros e distintos, linhas finas e regulares, sem rasuras, e os olhos são brilhantes.
Essas dicas ajudam, mas não dão total garantia. O ideal é procurar um cambista conhecido ou indicado por amigos.

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