São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
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México aposta no calor contra a Noruega
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Antes, no estádio Robert Francis Kennedy, bandas, ginastas e músicos vão se apresentar. A prefeita Sharon Pratt Kelly vai dar as boas-vindas da cidade aos esportistas e torcedores de outros países. O time da Noruega é considerado melhor que o do México. Mas o apoio da torcida e a familiaridade com o calor podem favorecer os mexicanos. A temperatura na cidade tem oscilado entre 23 e 37 graus Celsius. A Noruega tem uma das seleções mais altas da Copa e o México uma das mais baixas. Os noruegueses jogam no estilo britânico e os mexicanos seguem a escola da América Latina. Todos os ingressos para o jogo de hoje estão vendidos. Cerca de 950 policiais vão cuidar da segurança dos 53 mil torcedores. Apesar da grande concentração de imigrantes latinos, a capital dos EUA está longe de demonstrar entusiasmo pela Copa. A prefeita lutou muito para que a cidade pudesse ser a sede do jogo final em 18 de julho. Mas o tamanho do estádio e a fama de violência de Washington pesaram contra. Apenas cinco jogos foram programados para cá. Isso desmotivou um pouco as autoridades. Apesar da quase indiferença da maioria dos norte-americanos, alguns sinais de que há uma Copa em disputa podem ser observados na paisagem urbana. O metrô lançou um passe especial para os torcedores, o bairro boêmio de Georgetown está embandeirado, festas foram programadas para o Mall, área verde do coração administrativo da cidade. Entre as crianças a animação é maior. O "soccer", como o futebol é chamado aqui, é muito popular na faixa dos cinco aos dez anos, em especial entre meninas. Embora não haja registro de violência em jogos de Copa, a prefeitura investiu muito para que ela não comece aqui. Além do grande número de policiais escalados para acompanhar os jogos, um alambrado foi posto em volta do campo. Texto Anterior: QUEM É PARREIRA Próximo Texto: RFK é o menor estádio da Copa Índice |
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