São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Altura dos jogadores é trunfo dos escandinavos

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A NEWARK

Dependesse exclusivamente do passado, o México seria o favorito absoluto na sua partida de hoje diante da Noruega. As duas seleções se enfrentaram, anteriormente, em três ocasiões –e o México jamais perdeu. Em 1961, visitou a Noruega em Bergen e ficou no 1 a 1. Em 1969, foi a Oslo e ganhou de 2 a 0. Enfim, em 1969, na sua capital, goleou a inimiga, 4 a 0. A história, porém, não vai-se repetir assim, tão facilmente, em Washington D.C.
O mister da Noruega, Egil "Drillo" Olsen, um ex-volante com 16 cotejos pelo seu país, adora enfrentar equipes de estilo leve e sutil, como o jogo do México. O sistema 3-5-2 de Miguel Mejía Barón favorece a velocidade dos contra-ataques dos escandinavos.
Além disso, na sua frente, Olsen ostenta dois atletas muito altos, Jostein Flo (1m94) e Jan Age Fjortoft (1m90). A Noruega certamente forçará os cruzamentos sobre a retaguarda muito baixa dos aztecas. O beque mais alto de Barón, Cláudio Suarez, tem 1m79. O folclórico arqueiro Jorge Campos tem modestos 1m75.
O dentista Barón, em compensação, seguramente vai explorar ao máximo a habilidade e a cadência dos seus homens de meio-campo, na tentativa de desgastar a marcação da Noruega, muito mais prejudicada pelo calor da cidade.
Oa atletas escandinavos andaram treinando com abrigos de plástico, verdadeiras saunas, na tentativa de se acostumar à temperatura. O calor e a umidade absurda do ar, porém, serão adversários bem mais difíceis do que a troca de passes e as tabelas dos mexicanos. (Silvio Lancellotti)

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