São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
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Não existe fraude registrada
SUZANA BARELLI
A única queixa, de 1989, refere-se à sujeira encontrada na embalagem. O órgão informa que o problema foi resolvido e não divulga o nome da empresa envolvida. A legislação brasileira, regulamentada pelo Ministério da Saúde, permite o acréscimo de açúcares no suco, desde que especificados no rótulo. Os produtos adocicados são denominados néctar. O Izzy, da Coinbra, por exemplo, é adoçado com xarope de cana-de-açúcar. O mesmo acontece com a marca Santal, da Parmalat. A legislação permite, ainda, que o suco concentrado receba de volta componentes naturais aromáticos perdidos durante o processamento. Ademerval Garcia, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores Cítricos, afirma que características naturais da laranja e do suco descartam a necessidade de uso de conservantes e aromatizantes. Ele diz que há duas maneiras de conservar o suco sem usar aditivos químicos: uma é retirar a água do produto e a outra é acidificá-lo. "Os citros são ácidos por natureza e o suco concentrado caracteriza-se pela retirada da água", diz. Para beber, os consumidores adicionam água até uma diluição ao redor de 12%, diz Cláudio Barroso, 40, gerente comercial da Coinbra, que produz a marca Izzy. "Esta diluição equivale a beber um suco fresco." Barroso também informa que a adição de açúcar no suco Izzy é consequência de pesquisa com mercado de consumidores. "Nossos consumidores preferem o suco adocicado". As embalagens longa vida são outro fator que garantem, em até oito meses, a conservação do produto, segundo a indústria. Artur Ribas da Costa, gerente de produtos de suco da Parmalat, diz que o processo do longa vida implica em aquecer o suco, o que elimina as bactérias que poderiam azedar o produto. (SB) Texto Anterior: Brasileiro prefere fruta fresca Próximo Texto: Como são feitas as transmissões de TV a cabo? Índice |
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