São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Veja como anda uma 'gaiola' de cross

LUCIANO SOMENZARI
DO ENVIADO ESPECIAL A PIRACICABA

Um grupo de apreciadores do automobilismo realiza na região de Piracicaba (170 km a noroeste de São Paulo) um campeonato diferente, disputado em pista de terra. Os carros são equipados com mecânica de Fusca, mais chassi e pneus especiais.
A Folha avaliou um dos carros de autocross, esporte pouco difundido no Brasil mas que conta com adeptos em todo o país.
Segundo o organizador do campeonato em São Paulo, Benedito Gianetti Júnior, a velocidade máxima alcançada em pista de terra molhada pode chegar a 143 km/h.
O motor de 1.600 cc, a álcool, é preparado para atingir cerca de 86 cv de potência. O aspecto original do carro é o design engraçado da carenagem em fibra de vidro.
O chassi é de estrutura tubular em forma de gaiola. O piloto fica "encaixado" no banco dentro do cockpit, onde ficam apenas o volante, câmbio, pedais, duas luzes espia e chave de ignição.
O campo de visão do piloto é muito restrito. Não há visibilidade lateral, pois a cabeça fica abaixo da carenagem. O pára-brisa é uma pequena tela de arame.
A pista precisa ser molhada para dar maior aderência ao carro. Mesmo assim, são comuns as derrapagens nas curvas, que o piloto bem treinado usa a seu favor.
É bastante emocionante a pilotagem. Direção, pedais e câmbio são muito duros e o chassi trepida ininterruptamente. Apesar disso, Gianetti garante que não há perigo.
"A média de velocidade não passa dos 91 km/h. Ninguém se machuca no autocross", diz.
Os barrancos de terra fofa que acompanham a pista auxiliam, ao absorver eventuais colisões.

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