São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Máquina da Apple é a primeira da família

ESPECIAL PARA A FOLHA

A Apple inaugurou sua família das máquinas baseadas no microprocessador PowerPC com a linha Power Macintosh. O modelo enviado para teste é o Power Macintosh 8.100/80, baseado no microprocessador PowerPC 601, topo de linha, operando a 80 MHz (outros modelos do microprocessador operam a 60 e 66 MHz).
O Power Macintosh é uma máquina de design tradicional, com gabinete em minitorre que abriga a placa processadora, controladores de periféricos, acionadores de discos (rígido e flexível), conectores para expansão, entre outros.
O monitor de vídeo (SVGA – Apple Color Plus) é também de modelo tradicional e de excelente qualidade.
O teclado de 80 teclas (21 delas com dupla função), Apple Keyboard II, não é o topo de linha da Apple, com design não muito confortável, mas com bom toque.
O conjunto completo do Power Macintosh vem na cor gelo, compreendendo um equipamento com aspecto realmente atrativo.
A máquina recebida para teste veio com o sistema operacional ("Mac OS 7.1.2"), alguns utilitários (incluindo o sistema que permite a migração de software dos ambientes DOS e "Windows" para o ambiente Mac) e aplicativos já instalados.
A configuração recebida possui 16 Mbytes de RAM, com possibilidade de expansão (via cartões SIMMs) para até 264 Mbytes. A memória de vídeo padrão é de 2 Mbytes, podendo ser expandida até 4 Mbytes. O disco rígido testado possui capacidade (já formatado) de 500 Mbytes.
O acionamento da máquina foge ao padrão encontrado na maioria das máquinas PC baseadas na família Intel 80.x86.
O Power Macintosh é ligado de modo tradicional, mas, para se desligar a máquina, deve-se, normalmente, executar um comando de "shutdown", que aciona um procedimento para fechamento de arquivos e encerramento de transações em andamento, posicionado a cabeça magnética do disco rígido em uma posição que otimiza o seu acionamento quando o computador for ligado novamente.
A retirada de um disquete do acionador é obtida via teclado, em vez de acionamento mecânico como em outras máquinas. Para se reiniciar o sistema operacional ("reset"), há uma opção no teclado e uma através de botão localizado na minitorre.
O sistema tem duas interfaces seriais (RS232 e RS422), uma interface para rede Ethernet, uma interface SCSI, uma interface para entrada e outra para saída de som estéreo, um conector para ligação de modem externo, um conector para ligação de um segundo monitor de vídeo (ou TV) e três conectores disponíveis para a inclusão de placas de expansão.
O Power Macintosh tem facilidades para multimídia, mas o modelo testado não veio com acionador para CD-ROM (embora esteja disponível no mercado). Na parte de som, podem ser acopladas caixas acústicas e microfone.
A documentação que acompanha o sistema é compacta, redigida em inglês e de nível muito bom.
Foram recebidos dois manuais da máquina ("Macintosh Reference Guide" e "Getting Started With Your Power Macintosh 8.100/80") além de um pequeno caderno com informações técnicas adicionais. Há também documentação gravada no disco rígido.
A documentação aborda claramente os procedimentos a serem seguidos na migração de software de DOS e "Windows" para o ambiente MAC, dando as informações básicas para a execução de diversos aplicativos, como "Lotus 1-2-3" ("Windows") versão 1,0, "PageMaker" ("Windows") versão 4.0, e "Microsoft Excel" ("Windows") versão 3.0.
Apesar de todas as vantagens oferecidas pelo Power Macintosh testado, o custo atual do equipamento praticado no mercado brasileiro (segundo sugestão do representante autorizado) é ainda muito elevado para se pensar em termos de um computador pessoal.
Resta esperar que a filosofia proposta pelo consórcio Apple, Motorola e IBM, de se ter máquinas de alto desempenho a custo compatível com os computadores pessoais, seja colocada em prática também no mercado brasileiro.

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