São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Cantora rejeita som 'enlatado'

RODOLFO LUCENA
DA REPORTAGEM LOCAL

A cantora e violinista Meca Vargas não faz coro com os contentes com o computador.
Para ela, a máquina produz "música enlatada, desprovida de força viva".
"A música no computador é apenas uma criação intelectual. Não parte das profundezas do ser humano criativo", diz ela.
Professora de música na escola Rudolf Steiner, em São Paulo, Vargas considera que o micro não traz benefícios no ensino. "Não forma e não edifica", resume.
Como linguagem e instrumento de comunicação, o computador pode até ser "uma coisa viável", na opinião de Vargas.
"Mas, como processo vivo e criativo, é extremamente unilateral. É só o intelectual que funciona, o resto não está engajado. É algo maquinal", diz a professora de música.
Tem a vantagem de ser rápido, o que "pode ajudar quem tem muito serviço". Também pode ser um "brinquedo interessante, uma atividade puramente intelectual".
Isso não basta: "Como música, tenho que me envolver dos pés à cabeça, viver a música." (RL)

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