São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cai o ágio do dólar no paralelo

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Os preços das ações se recuperaram na Bolsa de Nova York, após queda no dia anterior.
Isso tranquilizou o mercado acionário nacional, que registrou alta de 2,2% no índice Bovespa e de 0,8% no indicador Senn (Bolsa Rio).
A expectativa é que as Bolsas sejam beneficiadas com o Plano Real por causa dos juros nominais menores. As taxas de juros do over a 2,05% ao dia ampliam os riscos das aplicações no mercado acionário.
As ações do Banco do Brasil ON (+10,7%) e PN (+9,2%) estiveram entre as maiores altas da Bolsa paulista.
O ágio (diferença entre o dólar comercial e paralelo) voltou a cair, passando de 1,43% no dia anterior para 0,75% ontem.
Houve forte oferta de dólares de exportação ontem. As cotações desabaram e o Banco Central interveio em dois leilões no mercado do dólar comercial para balizar o mercado.
A taxa do overnight subiu de 60,57% ao mês no dia anterior para 61,46% ao mês ontem.
As taxas de juros dos CDBs em Unidade Real de Valor continuam também em alta. Os juros subiram de 77% a 83% ao ano no dia anterior para 77% a 85% ao ano ontem.
Os vencimentos de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são reduzidos.
Os investidores já evitavam aplicar em CDBs desde o mês passado, afastando-se de ativos com vencimento próximo à entrada em vigor do Plano Real.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,764% no último dia 20, projetando rendimento de 42,88% no mês. Segundo a Andima, a taxa média do overnight foi de 61,46% ao mês, significando rendimento diário de 2,05%, projetando rentabilidade de 50,53% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros estiveram, em média, a 62,17% ao mês.

CDB e caderneta.
As cadernetas que vencem dia 23 rendem 50,5691%. As taxas dos CDBs de 30 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 8% e 14,5% ao ano. As taxas dos CDBs em URV variaram entre 77% e 85% ao ano, contra 77% e 83% ao ano no dia anterior.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: estiveram, em média, a 62,36% ao mês, variando entre 62,20% e 63,50% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 93% e 117% ao ano em URV, contra 80% e 110% ao ano no dia anterior.

No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,9375%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 31.985 pontos com alta de 2,20% e volume financeiro de CR$ 479,7 bilhões, contra CR$ 519,5 bilhões no dia anterior. Rio: valorização de 0,8% (I-Senn), fechando com 123.962 pontos e volume financeiro de CR$ 28,84 bilhões, contra CR$ 49,95 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.724,77 pontos, contra 3.708,29 pontos no dia anterior. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.309,10 pontos, contra 2.314,20 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.581,32 pontos, contra 20.813,16 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 2.451,65 (compra) e CR$ 2.451,70 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 2.405,63 (compra) e CR$ 2.405,65 (venda). "Black": CR$ 2.440,00 (compra) e CR$ 2.470,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 2.420,00 (compra) e CR$ 2.425,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 2.380,00 (compra) e CR$ 2.440,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,92%, fechando a CR$ 30.681,00 o grama na BM&F, movimentando 3,84 toneladas, contra 3,86 toneladas.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5310, contra US$ 1,5430 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6040 marco alemão, contra 1,6005 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,65 ienes, contra 102,15 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 389,50, contra US$ 394,30 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou em 48,82%, contra 48,55% no dia anterior.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para junho ficou em 42,71%, contra 42,42% no dia anterior.
O índice Bovespa futuro em URV fechou a 14,15 pontos, projetando rentabilidade de 4,54% ao mês.

Texto Anterior: Bancos investem em automação
Próximo Texto: Clinton tenta socorrer dólar com declarações
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.