São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994![]() |
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La Paz faz qualquer um perder o fôlego
CARLOS KAUFFMANN
A cidade está localizada no vale estreito e profundo de uma das bordas do altiplano andino. Para se ter uma idéia de sua altura –3.640 m em La Paz, 4.058 m no aeroporto El Alto–, basta saber que a faixa onde costumam voar aviões de pequeno porte é de 4.000 metros. O Prado, como é conhecida a avenida principal, corre ao longo da depressão desse vale coberto de casas. Vive pior quem mora no alto, já que é maior o esforço. Nas ruas sobram "minivans" japonesas. O guia local diz que os veículos são o principal meio de transporte. Há mais de 300 linhas. Uma distância de dez quarteirões no centro custa menos de três bolivianos (CR$ 1.539,00). Um bom lugar de observação do vaivém urbano é a praça em frente à igreja de São Francisco, no Prado. Fiéis com suas melhores roupas perambulam à espera da missa. O traje típico das "cholas" (mestiças) é inspirado nos vestidos andaluzes, com babados e um chale sobre os ombros. Os cabelos levam o chapéu-coco, que pode custar até US$ 100 (CR$ 235 mil). Ambulantes vendem a "salte¤a", espécie de pastel. Custa dois bolivianos (CR$ 1.026,00). Tem a mesma importância que o "hot dog" para os americanos. Cinco anos após a fundação de Nuestra Se¤ora de la Paz, em 1534, foi erguida a igreja de São Francisco. A fachada barroco-mestiça é do final do século 18. Outro local histórico é a Calle Jaén. Ali está o museu Casa de Murillo, com acervo de folclore indígena e arte colonial. Pedro Domingo Murillo (1757-1810), que habitou a casa, foi um dos mártires da independência do país. Cotações pelo dólar-turismo a CR$ 2.355,00 e boliviano a CR$ 513,00. Texto Anterior: BOLÍVIA Próximo Texto: Saiba os efeitos da altitude Índice |
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