São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994
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Governo democrático estabiliza economia

CARLOS KAUFFMANN
DO ENVIADO ESPECIAL À BOLÍVIA

A Bolívia é um grande mosaico de paisagens americanas. Mas não é "a síntese da Terra", como afirmou o paleontologista francês Alcides D'Orbigny (1802-57).
Essa expressão se desatualizou porque o país, hoje, não tem acesso ao mar. Perdeu-o numa guerra com o Chile, em 1879. Mas possui desde planícies pantanosas (a 180 metros acima do nível do mar) a picos com mais de 6.000 metros.
A parte andina é a mais populosa, mas responde por só um terço da área total. As terras baixas englobam áreas da bacia amazônica e do rio Paraguai.
O país hoje tem uma economia estabilizada e um governo democrático, depois de sofrer muito com hiperinflação, governos militares e golpes de Estado.
O economista e atual presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, estudou nos EUA e fala o espanhol com um sotaque carregado. Para compensar, o vice-presidente, Victor Hugo Cárdenas, é um dos raros representantes ameríndios do Executivo e nasceu próximo do Titicaca. Nas propagandas do governo na TV, Cárdenas aparece mais que o presidente.
Sobre línguas, muitos falam o quêchua (2 milhões) e o aimará (1,5 milhão), além do espanhol.
A Bolívia tem um dos maiores percentuais de falantes de línguas indígenas entre os países americanos.

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