São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 1994
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Comissão acusa polícia de Israel de negligência

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nenhum dos responsáveis pela segurança da mesquita de Hebron no dia do assassinato de 29 muçulmanos no local será indiciado por crime, mas apenas submetido a um tribunal disciplinar.
A informação foi dada ontem pelo jornal israelense "Maariv", que afirma ter tido acesso ao relatório da comissão que investigou o massacre de 25 de fevereiro.
Segundo o jornal, os policiais e militares serão acusados de negligência, mas não de cumplicidade. O documento será entregue ao governo de Israel no domingo.
A viúva de Baruch Goldstein, o radical judeu responsável pelas mortes, apelou ontem à Justiça de Israel para que o relatório sobre o massacre não seja divulgado.
Miriam Goldstein afirma em sua petição que o governo de Israel deve antes investigar as circunstâncias da morte de seu marido.
Ela diz que ele pode ter agido para se defender ou que outra pessoa pode ter dado os tiros.
Goldstein foi linchado por sobreviventes dentro da mesquita de Hebron. Um relatório do Exército aponta-o como autor dos disparos.

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