São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994
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Previsão de chuva agrada ao técnico Basile

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A BOSTON

Alfio Basile, técnico da Argentina, adorou tomar ontem o seu café-da-manhã. Um belo toró desabava no Harrison Center de Boston, onde a sua delegação se aloja.
Na TV, os especialistas anunciavam a permanência da chuva por quase todo o fim-de-semana. "Jogar num campo mais pesado não nos auxilia tanto", o treinador comentaria, depois.
"Atrapalha mais o estilo da Nigéria. Os atacantes são muito ligeiros e preferem o gramado seco."
Basile está tranquilo, principalmente porque conseguiu pacificar os dois principais líderes do seu elenco, o meio-campista Maradona e o zagueiro Ruggeri.
Depois de meses de desavenças, a estréia feliz da Argentina na Copa reaproximou os dois rivais.
Substituído aos 82min do jogo contra a Grécia, Maradona até beijou Ruggeri ao lhe entregar a braçadeira de capitão.
Outro caso complicado, o individualismo de Redondo, também parece solucionado. Redondo foi reacolhido pelos companheiros e agora até participa das partidas de baralho em parceria com Simeone, o seu parceiro de meio-campo.
A Argentina, enfim, recuperou a sua maior virtude. No dizer de Maradona, o carisma.
"A imprensa do mundo todo tentou me matar moralmente", lastima ele. "Mas eu estou feliz, porque meu pai me visita diariamente, e a minha mulher e filhas não saem do meu lado."
Sobre o joelho machucado, Maradona sorri: "Só os meninos sentem dores. Eu tenho quase 34 anos". Basile confirma a evolução física de Maradona: "Vejo ele treinando cada vez com mais disposição. É um modelo de atleta e de homem". (SL)

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