São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994
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Público supera as últimas Copas

SÍLVIO LANCELLOTTI
ENVIADO ESPECIAL A NOVA JERSEY

Não se percebem nas ruas as marcas da paixão pelo futebol. Não se vêem faixas ou bandeiras, mal se encontram souvenirs. De todo modo, provam os números, a Copa dos EUA, até agora, impressionantemente, está batendo recordes de audiência e de atenção.
Só duas redes de TV, a ABC e a ESPN, que funciona no sistema de assinaturas, transmitem ao vivo as partidas. O jogo entre o time anfitrião e a Colômbia, pela ABC, atingiu um pico de sete pontos, marca antes inimaginável no "soccer" americano. Na ESPN, a média de espectadores por partida já chegou a 1,8% –exatamente o triplo do seu habitual, cerca de 1.136.000 domicílios, quase 5,6 milhões de pessoas.
Claro que no Brasil ou na Itália essa quantidade parecerá insignificante. Antes, porém, em nenhuma das 14 edições da Copa aconteceu o fenômeno dos estádios praticamente lotados. Dos 17 cotejos realizados até a quinta-feira, apenas três não ostentaram arquibancadas repletas. Camarões e Suécia levaram 83.959 torcedores ao Rose Bowl de Los Angeles, onde cabem 91.794. Para Bulgária e Nigéria, no Cotton Bowl de Dallas, a proporção foi de 44.132/63.998. Para Romênia e Suíça, no Silverdome de Detroit, 61.428/77.557.
A média de presentes nos estádios é mesmo espetacular: 67.519. Jamais, no passado da Copa, algum país se aproximou dessa marca. O máximo aconteceu no Brasil-50, a cota de 60.772, graças à ajuda do Maracanã, na época capaz de acolher até 200 mil fãs.

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