São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Para FHC, convocação deve ser feita com rapidez

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Fernando Henrique Cardoso defende a convocação de uma assembléia constituinte exclusiva para fazer a revisão da Constituição. Mas ele vê problemas "jurídicos e constitucionais" para a sua convocação.
"Que problemas são esses? Como formular uma Constituinte em plena vigência de outra Constituição?", indaga o candidato. "Não é uma questão fácil de se resolver", diz.
Para FHC, a reforma da Constituição só pode ser feita por uma assembléia constituinte exclusiva. Para que isso ocorra, segundo ele, é necessário que o Congresso a convoque.
FHC entende que a convocação da constituinte exclusiva tem que ser feita o "mais rapidadamente possível", para corrigir as distorções da atual Constituição.
Segundo o candidato, a convocação dessa constituinte poderia ser feita logo após a escolha do movo presidente da República e a instalação do Congresso eleito na próxima eleição.
Para o candidato do PSDB, a forma de convocação da nova constituinte poderá ser definida pelo próprio Congresso. Ele acredita que seis meses seriam suficinetes para a revisão da atual constituição.
"Seis meses são suficientes para esses trabalhos. Não precisa mais que isso", afirma FHC.
Segundo o candidato, basta "ter vontade política" para que a revisão constitucional seja feita por uma assembléia constituinte exclusiva.
O PSDB de FHC foi o partido que mais se mobilizou para fazer a reforma constitucional este ano. O partido entende que o país enfrentará problemas de governabilidade, caso a atual Constituição não seja revisada.
Com o fracasso da revisão constitucional, muitos peessedebistas, a exemplo de FHC, passaram a defender a revisão constitucional por intermédio de uma assembléia constituinte exclusiva.

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