São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Linha telefônica pode subir 75% em junho

NELSON ROCCO
EDITOR-INTERINO DO TUDO

A disparada dos preços das linhas telefônicas em São Paulo está sendo revista a poucos dias da entrada em vigor do real.
Os corretores do mercado paralelo de telefone consideram os aumentos "enormes" e já estão revendo as projeções para o final do mês, diante da queda nas vendas.
Sérgio de Oliveira, 33, gerente de produto do Balcão do Telefone –empresa com oito lojas em São Paulo-, afirma que espera uma alta média de 75% para os preços até o final de junho.
Até dia 15, a expectativa da empresa para o fechamento do mês era de mais de 110% de elevação.
Oliveira diz que a previsão de vendas para este mês é de 1.000 linhas, abaixo das 1.282 de maio.
Segundo o Datafolha, neste mês o aumento médio dos preços das linhas –acumulado até dia 21– ficou em 58,57%, mais de 30 pontos acima da variação da URV no período –28,27%.
Várias centrais telefônicas registraram alta superior à inflação, como a de Ibirapuera (82,69%), Itaim Bibi (76,12%) e Anhangabaú (76,05%), por exemplo.
Segundo o Datafolha, o preço médio de um telefone no Ibirapuera, na semana passada, estava em Cr$ 9,5 milhões.
Na região de Itaim Paulista –com o valor mais alto apurado pela pesquisa– uma linha estava custando CR$ 17,1 milhões, em média, valor suficiente para comprar um Uno Mille novo.
Edmond Rubies, 60, dono da Bolsa de Telefones, diz que a procura por telefones não deve diminuir com o real. "Não há perspectiva de equilíbrio entre oferta e procura porque a Telesp não tem aberto novos planos de expansão."

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