São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
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Figueiredo Ferraz é enterrado em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O corpo do engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz foi enterrado ontem, às 16h40, no cemitério Congonhas, no Jardim Marajoara (zona sul). Aproximadamente 200 pessoas participaram do sepultamento.
Ferraz foi prefeito de São Paulo, de 1971 a 1973 e também secretário estadual de Transportes (1967-1968). Ele morreu aos 75 anos, sábado ao meio-dia, vítima de um ataque cardíaco, quando caminhava na estação Brigadeiro do metrô. Foi levado ao Hospital Municipal, onde morreu.
Um dos principais nomes da engenharia civil nacional deste século, seu trabalho esteve presente em importantes projetos, como as rodovias Anchieta e Imigrantes, o Masp (Museu de Arte de São Paulo), as cúpulas da Catedral da Sé (centro), linha Norte-Sul do metrô e a avenida Paulista.
À frente da prefeitura, Ferraz notabilizou-se pela frase "São Paulo tem que parar". Foi um dos primeiros urbanistas a alertar sobre os problemas do crescimento desordenado da cidade.
Era também professsor-catedrático e de pós-graduação da Escola Politécnica da USP. Atualmente ele presidia o Conselho Deliberativo da Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto Ltda.
Concluíra ainda recentemente uma coletânea de textos sobre temas urbanos, que a família pretende publicar brevemente.
Seu corpo foi velado no salão nobre 23 de Maio da Assembléia Legislativa. Estiveram presentes o secretário municipal de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, que representou o prefeito Paulo Maluf e o candidato do PMDB ao governo do Estado, Barros Munhoz, que representou o governador Luiz Antonio Fleury Filho.
Passaram ainda no velório o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, os ex-governadores do Estado Laudo Natel e Abreu Sodré, a ex-prefeita Luiza Erundina, o vereador Miguel Colassuono, e o candidato do PP ao governo estadual, Luiz Antônio de Medeiros.
Ferraz deixa a mulher Leda, 55, de seu segundo casamento; os filhos Antônio Carlos, 45, João Carlos, 42, Lia, 40; os netos Roberta, 13, Luís Felipe, 9, Maria Antonieta, 9.

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