São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Europa aprova tabaco com genes alterados

DA "NEW SCIENTIST"

Um tipo de tabaco com um gene adicional que o torna resistente a um pesticida será o primeiro organismo geneticamente modificado a entrar no mercado europeu.
No início de junho, a União Européia (UE) aprovou o plantio comercial da planta.
Grupos ambientalistas protestaram, alegando que o tabaco levará a um uso excessivo de herbicidas.
A empresa estatal francesa Seita, que fabrica os cigarros da marca Gauloise, em breve poderá produzi-los a partir do tabaco modificado. O tabaco contém um gene tirado de uma bactéria que o torna resistente ao herbicida bromoxinil.
O herbicida é produzido por outra companhia francesa, Rhône-Poulenc, que financiou parte das pesquisas.
Com a nova planta, os plantadores de tabaco poderão usar quantidades cada vez maiores do herbicida, sabendo que apenas a planta vai sobreviver.
A Comissão Européia, órgão executivo da UE, anunciou que 11 dos 12 países aprovaram o tabaco. A Dinamarca rejeitou a planta porque a Seita se recusou a fornecer detalhes sobre os testes que avaliaram a toxicidade da fumaça produzida pelo tabaco.
Isso apesar do fato de que, sob a regulamentação européia, só podem ser feitas objeções relativas ao risco que a planta acarreta ao ambiente. Os cigarros produzidos a partir do tabaco transgênico precisam ser aprovados em separado por cada país.
Segundo um porta-voz da Seita, a empresa vai testar os cigarros por cinco anos antes de submetê-los às autoridades de cada país.
Esse não é o primeiro organismo transgênico a tentar penetrar o mercado europeu.
No ano passado, a Noruega, que não faz parte da UE, rejeitou testes com um tipo de batata resistente a herbicidas. De acordo com autoridades do país, a batata não atendia a "necessidades sociais" que compensassem os riscos impostos ao ambiente.

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