São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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Técnico sueco faz mistério para definir time
UBURATAN BRASIL
Sem contar com seu principal jogador, Martin Dahlin, suspenso por ter tomado dois cartões amarelos, o treinador disse ainda fazer testes. "Vamos enfrentar uma das principais equipes da Copa. Como pretendo ser o primeiro do grupo, tenho que estudar todas as possibilidades." A ausência de Dahlin, artilheiro do time com três gols, desequilibrou o sistema de ataque da Suécia. Hábil em trocar de posição durante o jogo, Dahlin é o ponto de referência em todas as jogadas suecas. "Ele é muito importante para puxar a marcação adversária", acredita o meia Thern, principal lançador do time, que sempre procura Dahlin para construir a jogada. O técnico Svensson não acredita que a ausência de Dahlin teria o mesmo peso que um possível desfalque de Romário no Brasil. "A Suécia tem um estilo mais coletivo, o que facilita para compensar a ausência de alguns jogadores. Já os brasileiros ganham muito com a individualidade de seus principais atacantes." O mais provável substituto de Dahlin é o atacante Henrik Larsson, um reserva que normalmente é escalado por Svensson durante os jogos por ser rápido, principalmente pelas pontas. "Como o Brasil não tem uma marcação tão forte como Rússia e Camarões, acho que vou ter facilidade para criar jogadas com o Brolin", disse Larsson que, como Dahlin já admitiu, também admira o estilo do brasileiro Leonardo. "Ele é muito rápido e sabe aproveitar o espaço pelas pontas", disse. Outra alternativa tática para Svensson é manter Larsson na reserva, adiantar o meia Kennet Andersson para o ataque junto de Brolin e escalar o meia Anders Limpar, hábil nos lançamentos, no meio-campo. A opção é ideal para as jogadas de contra-ataque. "Considero que esta é nossa melhor alternativa", diz Thern, satisfeito com um empate contra o Brasil. "Temos ambição ficar em primeiro no grupo, mas vai ser quase impossível. Conquistar um ponto contra os brasileiros tem o mesmo gosto de uma vitória." Terminar a primeira fase da Copa sem derrotas é encarado pelos suecos como comprovação de que seu futebol evoluiu, principalmente sob o comando de Tommy Svensson. "No Mundial de 90, na Itália, o time era muito jovem", conta o volante Stefan Schwarz. "Nesses quatro anos, a equipe adquiriu experiência e perdeu o medo de enfrentar seleções fortes." (Ubiratan Brasil) Texto Anterior: Romário 'caça' notícias do Brasil Próximo Texto: Dahlin jogará na Inglaterra Índice |
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