São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Família pagou resgate em maio

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Vitimada pelo quarto sequestro em um ano e meio, a família Lavouras é conhecida por atuar nos transportes coletivos que operam na Baixada Fluminense.
O caso mais grave aconteceu com o irmão de Manoel, José Lavouras, sequestrado em fevereiro de 93. Seu corpo foi encontrado, já em decomposição, um mês depois, em Maricá (60 km do Rio).
A família de José Lavouras, dono da transportadora Flores, chegou a pagar o resgate por duas vezes, mas não tornou a vê-lo com vida.
Quase na mesma época, Manoel foi sequestrado pela primeira vez. Com a saúde abalada na época, Lavouras convenceu os sequestradores a libertá-lo, dizendo que morreria a qualquer momento.
No último dia 11 de maio, o empresário foi sequestrado pela segunda vez, ao sair de sua empresa em Duque de Caxias (35 km do Rio). Ficou 13 dias em cativeiro.
A família de Lavouras não informou quanto pagou por sua libertação. Até diplomatas portugueses chegaram a apelar à polícia do Rio para que solucionasse o caso.
Membros da colônia portuguesa no Rio disseram à Folha que os Lavouras são conhecidos pela ostentação de bens, o que amigos da família contestam.
"Ele é muito simples, gosta de falar com todos e não tem a menor maldade", diz o amigo Luís Carlos Urquiza Nóbrega, 63.

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