São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Otimismo é o maior adversário dos jogadores

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O maior problema do técnico da seleção do México, Miguel Mejía Barón, até a hora do jogo com a Itália hoje é conter o otimismo dos jogadores.
A vitória contra a Irlanda e as dificuldades que os italianos enfrentam para escalar seu time deixaram os mexicanos animados.
A torcida de seu país, a maior depois da norte-americana nos EUA, ainda vai ser engrossada pelas de outros países hispânicos.
Ontem em Washington já era possível sentir o clima de euforia da comunidade latino-americana: no bairro hispânico de Adams Morgan, dezenas de carros exibiam a bandeira mexicana e faixas com a frase: "Itália, temos pena de você".
A vantagem para o México na diferença de gols lhe dá a chance de jogar pelo empate com enorme possibilidade de se classificar.
Mas Mejía, embora diga respeitar "a tradição da Itália em futebol", diz que seu time vai jogar para vencer.
Não há problemas na seleção do México. Luis Garcia, que fez os dois gols contra a Irlanda, melhorou da gripe e vai jogar.
O meio-campista Alberto Garcia Aspe disse ontem: "Do jeito que estamos jogando, podemos vencer qualquer um. Se vencermos a Itália, vamos pelo menos para as semifinais".
O maior astro do time, o veterano Hugo Sanchez, foi mais prudente: "Vai ser um jogo de vida ou morte".
No início da Copa, o México era visto como um "azarão" no chamado "Grupo da Morte". Suas melhores chances, acreditava-se, estavam em vencer a Noruega para tentar terminar em segundo ou terceiro lugares.
A derrota na estréia contra a Noruega surpreendeu. Mas a recuperação contra a Irlanda também foi tida como inesperada.

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