São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994
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Candidatos tentam se desvincular de Quércia

MÁRIO SIMAS FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Diversos candidatos a deputado pelo PMDB e também aos governos estaduais não estão colocando o nome de Orestes Quércia, candidato do partido à Presidência, nos impressos de campanha.
Os candidatos –muitos ex-secretários de Quércia– preferem esperar uma decisão da Justiça sobre a denúncia de estelionato feita pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o ex-governador para mergulharem na campanha.
O MPF acusa Quércia de ter praticado crime de estelionato na compra de equipamentos israelenses sem licitação.
A cúpula do PMDB tem mostrado preocupação com o rumo da campanha de Quércia, que até agora não gerou nenhum fato capaz de alterar as pesquisas eleitorais.
A possibilidade de o partido pedir a desistência do ex-governador caso não consiga decolar até o final da primeira semana do horário eleitoral não está descartada.
O ex-governador paulista nega estar recebendo pressão. Mas os quercistas começam a temer que, com a chegada do Real, FHC cresça e o horário eleitoral já se inicie com a campanha polarizada entre ele e Luiz Inácio Lula da Silva.
A cúpula do partido planeja lançar o senador José Sarney (PMDB-AP), caso Quércia desista.
Nos últimos 15 dias, Sarney tem recebido pedidos da cúpula do PMDB para que não formalize apoio a nenhum candidato até o final da primeira semana de agosto.
Ontem, em Recife, Quércia criticou os dissidentes do partido e afirmou que não renunciará. "A dissidência vai dançar miudinho", disse. "Minha candidatura vai decolar e vamos chegar no sarrafo nos adversários", disse.

Colaborou a Agência Folha.

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