São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994
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Italianos criaram mais chances

DE WASHINGTON

O jogo foi 1 a 1. Mas os quase 30 mil mexicanos que tomaram a maior parte do estádio RFK em Washington ontem comemoraram o empate com a Itália como se tivesse sido uma grande vitória.
O resultado colocou o México na liderança do grupo E e deixou a Itália à espera de outros jogos para saber se continuava na Copa do Mundo.
Poucos foram os momentos de vibração no primeiro tempo, dominado pela Itália. O primeiro só aconteceu aos 26 minutos, quando Signori executou belo voleio depois de um cruzamento e o goleiro mexicano Campos defendeu.
Entre os 30 e 33 minutos, o jogo esquentou um pouco graças a alguns dribles rápidos do ponta mexicano Zaguinho e bons lançamentos do apagado Roberto Baggio.
Aos dois minutos e meio do segundo tempo, Massaro, que havia acabado de entrar em campo, aproveitou perfeito lançamento de Albertini e pôs a Itália em vantagem.
Massaro quase marcou outra vez, de cabeça, aos dez minutos. Logo em seguida, Dino Baggio foi derrubado dentro da área mexicana em lance que deu a muitos espectadores a impressão de pênalti.
A Itália parecia ter o domínio do jogo. Mas aos 13 minutos, o mexicano Bernal chutou da entrada da área, o goleiro Marchegiani pulou um pouco atrasado, a bola entrou no canto direito do seu gol e o jogo mudou.
O México conseguiu controlar o meio-de-campo, trocou bolas com eficiência para ganhar tempo enquanto a torcida gritava "olé".
Os italianos conseguiram criar outras chances de gol. Mas aparentavam grande nervosismo e desperdiçaram todas.
A Itália fez 16 tiros contra o gol e o México fez 10. A Itália teve seis escanteios a quatro. Os números comprovam seu maior volume de jogo.
Mas os italianos erraram muitos passes, caíram demais em campo, em especial no primeiro tempo (houve quatro escorregões em dez minutos), erraram nas finalizações.
Os mexicanos jogaram para empatar e contaram com o entusiasmo da torcida favorável, que não parava de gritar "México, México, rá, rá, rá".
O juiz argentino Francisco Lamolina deu três cartões amarelos para o México (Bernal, Garcia Aspe e Luis García) e um para a Itália (Albertini).
Os italianos reclamaram do que acharam ter sido pênalti sobre Dino Baggio e os mexicanos não gostaram de um impedimento marcado ao final do primeiro tempo, o que impediu a validação de um gol feito na sequência. Mas Lamolina foi um juiz correto.
Na saída do RFK e no metrô para o centro da cidade, os mexicanos brincavam com os minoritários italianos com o canto: "Spaghetti, Spaghetti, Spaghetti con frijoles".

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