São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Congresso rejeita a proposta do TSE de usar duas urnas na eleição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara dos Deputados rejeitou ontem a proposta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de utilizar duas urnas de votação nas eleições de 3 de outubro.
Com esse resultado, a cédula destinada às eleições majoritárias (para presidente, senador e governador) e a cédula destinada às eleições proporcionais (para deputado) serão depositadas em uma só urna.
Para agilizar o processo de votação e de apuração, o TSE defendia a utilização de uma urna para receber as cédulas das eleições majoritárias e uma para as cédulas das proporcionais.
O principal receio dos parlamentares era com a desmobilização da fiscalização da apuração dos votos a partir do momento em que o TSE divulgasse o resultado da eleição presidencial.
O TSE queria divulgar o resultado das eleições majoritárias em 48 horas. "Isso vai desativar o esquema de fiscalização", disse o deputado João Almeida (PMDB-BA).
Almeida foi o relator da atual lei eleitoral, que determinou o uso de apenas uma urna.
Segundo ele, divulgado o resultado das eleições majoritárias, "os vencedores irão para a farra e os derrotados para a fossa. E os deputados ficarão presos, nas urnas, sem condições de fiscalizar".
Rejeitado na Câmara dos Deputados, o projeto é automaticamente arquivado e o assunto não tem mais qualquer discussão.

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