São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Advogado só comenta caso após apuração

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Paulo Esteves, 55, que defende o delegado aposentado Conrado José de Pilla, disse ontem que é prematuro se fazer qualquer juízo sobre os depósitos na conta de Pilla.
"Primeiro, tudo deve ser apurado para depois se acusar", disse. Ele afirmou que nenhuma pessoa pode ser chamada de suspeita de algo que está sendo investigado.
"Chamar alguém de suspeito é fazer um jogo de palavras que conduz a uma forma leviana de interpretação da conduta de pessoas que só estão sendo ouvidas em uma investigação".
Pilla teria conta no Banespa e no Unibanco. Segundo seu advogado, ele explicará cada um dos depósitos em suas contas quando for questionado pela corregedoria.
Por causa disso, o delegado aposentado nunca teria tido contato com bicheiros enquanto exercia essa função policial.
Segundo Esteves, quando Pilla foi assessor da Secretaria de Estado de Governo (89-93), ele atendia a milhares de pessoas por mês.
Seu trabalho seria encaminhar pedidos de criação de delegacias e fazer a ligação entre os gabinetes da Delegacia Geral de Polícia com o da Secretaria da Segurança Pública e com o do governador.
O delegado aposentado não saberia se algumas das pessoas que ele atendeu durante esse período tinham ligação com o bicho.
Atualmente, Pilla trabalha no Baneser (Banespa Serviços e Administração S/A), onde exerce a função de assessor jurídico.
O delegado aposentado já entregou para a corregedoria cópias de suas declarações de renda e bens.(MG)

Texto Anterior: Polícia esclarece chacina de Taboão
Próximo Texto: Campanha pede apuração do BID
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.