São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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'Marcados pelo Sangue' desperdiça boa história

EDSON FRANCO
DAS REGIONAIS

"Marcados Pelo Sangue" tem uma única semelhança com "El Mariachi", que também acaba de chegar às locadoras: a abordagem de uma temática mexicana.
Com um bom orçamento e produção cuidadosa, "Marcados Pelo Sangue" é um filme grande (tem duas horas e 28 minutos de duração), mas nunca grandioso.
O roteiro dispersa diversos fios narrativos que o diretor, Taylor Hackford, não consegue resolver ou agrupar de maneira satisfatória. E a idéia original até que é boa.
Filho de americano branco com prostituta mexicana, rapaz volta para a casa dos parentes em Los Angeles. Ele deu o azar de ter saído com a cor da pele e olhos do pai. É rejeitado pela família.
Ele conquista a simpatia dos seus pares se juntando à gangue de seus dois primos. Na sequência, cada um dos três primos toma um caminho diferente.
O de pele branca vira um presidiário líder entre os detentos. Um dos chicanos se transforma em um artista plástico, e o outro, policial.
A partir daí o filme entra em queda livre e lenta até se espatifar em um final que chega cerca de uma hora após o esgotamento da paciência do espectador.

Título: Marcados pelo Sangue
Diretor: Taylor Hackford
Elenco: Jesse Borrego, Benjamin Bratt, Damian Chapa
Distribuidora: Abril Vídeo (tel. 011/832-1555)

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