São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994 |
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Novos se atrapalham com tendências
ERIKA PALOMINO
Lucio Praxedes mostrou uma tentativa de "moda brasileira". Valeu-se, assim, de elementos como juta, sacos, telas, tricô e toalhas de mesa, desfilados ao som de músicas nordestinas sobre uma passarela de areia. Simpático e louvável. Demonstrou criatividade sobretudo na camisa masculina feita de lenços e na blusa de sapatinhos de bebê. Mas se empastelou nas formas e linhas, errando nos vestidos femininos e, dada a aridez de alguns dos materiais empregados, comprometendo-se com o acabamento. Alô: não precisa desfilar sapatos que não têm nada a ver com as roupas, só para pôr alguma coisa no pé. Ninguém vai reparar ou achar "pobrinho". Melhor seria manter-se fiel aos regionalismos sugeridos na apresentação. Ao menos Lucio Praxedes provou personalidade e pesquisa. Coisa que não fez Sandro Brazil, num desfile sem identidade ou imaginação. Não dá mais para mostrar transparência em tela stretch preta, baby-looks em cetim, saias college com meia sete-oitavos. E, se era para ser tão comercial, o que fazer num evento de moda underground? Tudo era muito "tendência" e com cara de requentado, coisas inadmissíveis à beira da temporada de verão.(Erika Palomino) Texto Anterior: CRISTINE MACKSOUD Próximo Texto: 'Xuxa Park' perde dois quadros Índice |
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