São Paulo, sexta-feira, 1 de julho de 1994
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Emissora não explica como imagens "vazaram"

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

Emissora não explica como imagens 'vazaram'
As imagens que os telespectadores captaram via parabólica eram, teoricamente, sigilosas. A Globo as gerou para uso interno. Mas, por algum descuido, as deixou "vazar".
Ontem, a Folha noticiou o fato baseando-se no relato de dois telespectadores, o jornalista Ary Costa Pinto e o bancário Geraldo Siqueira Filho, que assistiram às imagens em São Paulo sem gravá-las.
A reportagem trazia um desmentido de Ciro José, diretor de esportes da Globo: "É loucura. O episódio simplesmente não aconteceu."
Também ontem, depois que a Folha obteve a gravação das cenas, ninguém na emissora quis explicar como as imagens chegaram à casa dos telespectadores.
A Embratel acredita que o diálogo "vazou" da seguinte maneira:
1) A Globo produziu as imagens nos EUA e as mandou para o Brasil por meio do satélite Intelsat AOR 329.
2) Uma estação terrestre da Embratel, em Tanguá (RJ), captou as cenas e as enviou para a sede da Globo no Rio.
3) As imagens deveriam ficar apenas ali. Por alguma razão, acabaram entrando no satélite Brasilsat 2.
4) Antenas parabólicas com diâmetro igual ou superior a 2,85 metros captaram as cenas diretamente do Brasilsat.
A Embratel estima que, hoje, existem quase 2 milhões de antenas parabólicas no país. Cerca de 90% têm diâmetro com mais de 2,85 metros.

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