São Paulo, sexta-feira, 1 de julho de 1994
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Na real; Meu vício é Maradona!; Futebol, amor e ódio; Contra o aborto; Mortalidade infantil; Só a Cut; Remédios nos supermercados; Servidores públicos

Na real
"Muito pouca gente pode estar percebendo, mas os usuários de ônibus urbanos de São Paulo iniciam a 'era do real' com prejuízo. O valor da passagem de ontem é de CR$ 1.200,00 ou 0,43 URVs. Hoje, as passagens passam para R$ 0,50 (CR$ 1.375,00). Nesta brincadeira, o aumento é de 14,58%."
João Carlos Schleder (São Bernardo do Campo, SP)

"Desejo congratular-me com o articulista Arnaldo Jabor pelo excelente artigo publicado na edição de 28/06 sobre o Plano Real. Seus comentários, todos verazes e contundentes, nos levam a profundas reflexões sobre o sentimento cívico da sociedade brasileira, principalmente das 'lideranças', que decidem sobre o nosso dia-a-dia."
Lício Velloso, diretor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo –campus de Pirassununga (Pirassununga, SP)

"Mais uma tarefa para os bancos: distribuir os reais 'santinhos' de FHC impressos na Casa da Moeda, sob coordenação do Banco Central e supervisão do devoto Ricupero."
Adilson de Almeida Vasconcelos (Brasília, DF)

"O sr. José Dirceu está preocupado com a presença de FHC no lançamento do real. Queira ou não, FHC é o âncora do plano assim como o vice de expressão sr. Bisol é o responsável pelas emendas destinadas a construção de pontes no município de Buritis (MG), onde possui uma fazenda. Isto não está preocupando o sr. José Dirceu?"
Nelson Pereira (Porto Feliz, SP)

Meu vício é Maradona!
"Vencedor na luta contra os hipócritas, invejosos e pernas-de-pau, Diego Maradona já fazia da sua Argentina a heroína deste mundial, no comando de um eufórico e estimulante 4-2-4 diante de outros esquemas soporíferos. Eu, um dependente incurável do futebol-arte, prefiro sempre os dribles inebriantes e os ataques alucinantes (que, com Maradona, eternizam-se na história) à bolinha de times como o brasileiro, da droga de dupla Parreira-Zagalo e seus esquemas sincópicos. É dose. Viva o talento! Viva Maradona!"
Maurício Rudner Huertas (São Paulo, SP)

Futebol, amor e ódio
"Depois da Suécia, a situação de Parreira complicou-se. Declarou-se racional, que faz o que quer e não o que pedem. Desprezando a 'visão' da torcida, disse que ele raciocina e o povo não. Agora –para nossa felicidade– vai ter que ganhar a Copa, ou passará à história como o técnico mais ridículo e medíocre do futebol brasileiro!"
Osmar Dargel Pereira (Curitiba, PR)

"Deus nos livre desta cena: Brasil campeão do mundo e Parreira, Zagalo, Romário, Dunga, Zinho, Raí, Paulo Sérgio e outros desfilando em carro aberto pelas ruas da cidade. Nós, brasileiros, precisamos de grandes conquistas, mas que elas não sejam conseguidas por pessoas medíocres, que colocam seus interesses pessoais acima da honra de representar nosso país."
Geraldo Onésio Simão de Oliveira (São Paulo, SP)

"Nossos políticos, candidatos em 94, devem seguir o exemplo de Romário: fala, fala, promete e cumpre."
Roberto Gomes Caldas Neto (São Paulo, SP)

Contra o aborto
"A posição da Folha a respeito do aborto está em direta contradição com os princípios da imparcialidade e do apartidarismo que tanto promove. 'Ouvir o outro lado', lema defendido por esse jornal, simplesmente foi posto de lado. Basta um simples exercício de quantificação das matérias para concluir que a Folha está monoliticamente empenhada em uma campanha."
José Rinaldo Lazarini (São Paulo, SP)

"Parabéns à Folha e ao jurista Hélio Bicudo por seu artigo 'Planejamento familiar ou controle de natalidade', onde aponta com lucidez e coragem a verdadeira trama que está ocorrendo na ONU, imposta pelos países ricos, para 'exterminar' os pobres do planeta, com assassinatos de crianças indesejadas através de abortos livres."
Gracindo Caram (São Paulo, SP)

"A leitura do artigo 'Aborto, eutanásia e tabaco' (de Hélio Schwartsman, publicado à pág. 1-2 da edição de 23/05) evidencia que esse jornal, longe de pluralista e compromissado com a oitiva de todas as fontes, erigiu a fascista via da mão-única na campanha aberta pela destruição dos valores mais caros à sociedade."
Carmen Lúcia de C. Penteado (São Paulo, SP)

"O aborto eugenésico é racista."
José Maria de Aquino (São Paulo, SP)

Mortalidade infantil
"Muito justa a indignação da Folha e seus redatores em relação ao alarmante crescimento da mortalidade infantil verificada em estudo recente no Norte e Nordeste do país. Mas faltaram esclarecimentos de como é possível ganhar um prêmio Unicef em 1993 e no primeiro semestre do ano de 1994 haver uma inversão dos dados..."
José Knoplich, presidente da Associação Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

"Quero parabenizar o jornalista Gilberto Dimenstein pelo excelente artigo 'Estamos ficando malucos?', publicado no dia 12/06 nesta Folha, chamando a atenção para o levantamento da Pastoral da Saúde, da Igreja Católica, que constata o aumento da mortalidade infantil no Brasil nos últimos anos e o fracasso da elite e do governo em garantir a vida aos mais frágeis."
João Batista Beltrame (Iguaraçú, PR)

Só a CUT
"Muito louváveis as atividades que a Fundação Abrinq tem promovido esta semana no Museu da Imagem e do Som sobre o grave problema do trabalho infanto-juvenil. Porém é curioso notar que esse trabalho faz parte de um programa da OIT com vários parceiros espalhados pelo Brasil e, no debate promovido, apenas a CUT foi convidada para expor suas idéias a respeito do tema e o trabalho (muito discutível) que ela vem desenvolvendo nessa área. Gostaríamos de registrar nosso protesto, pois está clara a utilização do projeto para fins eleitorais, dada a ligação existente entre o sr. Oded Grajew, da Fundação Abrinq, com a CUT que, por sua vez, é o braço sindical do PT."
Marco Antonio Mota, coordenador do Programa Ipec/OIT da Força Sindical (São Paulo, SP)

Remédios nos supermercados
"A comercialização de medicamentos nos supermercados, proposta na medida provisória do real, é mais um atentado à saúde da população. Ao comercializar o remédio como qualquer outra mercadoria, a MP desqualifica-o como instrumento de saúde."
Tenilson Amaral Oliveira, vice-coordenador do Fórum Nacional por uma Política de Medicamentos (São Paulo, SP)

Servidores públicos
"Vimos manifestar nossa indignação, repúdio e protesto a mais uma agressão aos servidores públicos pela imprensa, desta feita perpetrada pelo sr. Josias de Souza (5/06), em que tece desairosos e agressivos comentários. Se existem falhas, essas precisam ser corrigidas. Se existem jornalistas inescrupulosos, irresponsáveis, mercenários etc., não vamos censurar a imprensa, mas sim, estruturá-la e cobrar mais ética e responsabilidade."
Antonio Aquilino Conejo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Campinas, SP)

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